Dia Nacional da Mata Atlântica é motivo de alerta, mas também de recuperação em Barueri
No dia 27 de maio é comemorado o Dia Nacional da Mata Atlântica, mas a data não permite celebrações, pois a situação deste bioma é alarmante. Em sua composição original, abrangia 15% do território nacional, sendo o lar de 72% dos brasileiros e concentrando 70% do PIB. Atualmente, restam apenas 12,4% de sua totalidade. As principais causas são o desmatamento, as queimadas e o crescimento desordenado da população.
Em Barueri, segundo o que aponta o site SOS Mata Atlântica (Fundação criada para atuar na recuperação de áreas degradadas da mesma), o município possuía em 2020 um total de 476 hectares, o que equivale a 619 campos de futebol. Em 2021 já são 780 hectares, que ocupam 12% da cidade, conforme avaliação e estudo do governo de Barueri.
A municipalidade atua na fiscalização das unidades da ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico), criadas pela Lei Complementar 430/2018, combatendo a degradação nestes ambientes. A Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente, por meio de seu Departamento de Biodiversidade elabora algumas ações de manejo, no intuito de repor a vegetação e recuperar áreas arborizadas. A proteção de nascentes como nos bairros da Aldeia da Serra e no Condomínio São Fernando, além de plantios ao longo das vias públicas de Barueri, são algumas das iniciativas adotadas.
Atualmente, no Parque Dom José, na Vila Porto, ocorre a substituição de espécies não remanescentes (eucalipto, pinheiro) por nativas (Mirindiba, Pau-Ferro, Pau-Brasil, Jatobá, Grumixama, Saguaraji, Ipê, Angico).
Para o biólogo Ivan Vanderley Silva, as ações são de médio a longo prazo e que preservam o quantitativo atual das plantas e realizam o aumento progressivo das áreas verdes, como os corredores ecológicos, citando a criação dos futuros parques Linear (previsto para entrega em 2022) e da Juventude (em 2023). “Além das ações de fiscalização e de licenciamento ambiental que visam a conservação dos remanescentes de Mata Atlântica, existem as ações complementares que visam aumentar ou proteger as áreas verdes da cidade, bem como estabelecer possíveis corredores ecológicos para fauna local”, comenta.