Barueri: Setembro fecha com menor número de óbitos por Covid desde o início da pandemia

Setembro acabou mas deixou um saldo animador com relação à pandemia do novo coronavírus.

Desde que o vírus foi identificado na cidade, em março de 2020, este é o mês que registrou o menor número de mortes pela doença: seis óbitos confirmados.

Ao longo do mês foram 21 dias (não consecutivos) sem mortes decorrentes da Covid-19 – dos nove dias em que houve registro de óbito, três não foram confirmados.

O resultado é igual ao que houve em março de 2020, início da pandemia, quando foram registrados também um total de seis óbitos confirmados para Covid-19.

Em setembro, os dias 03, 04, 05, 06, 07, 10, 11, 12, 15, 17, 18, 19, 20, 22, 24, 25, 26, 27, 28, 29 e 30 não tiveram registro desse tipo de óbito, de acordo com informações passadas pela Vigilância em Saúde de Barueri.

A última semana do mês, até o dia 30, inclusive, fechou com sete dias consecutivos sem óbitos.

“Sem sombra de dúvidas a vacina tem uma importância bastante grande nesse resultado atual, com a redução do número de casos e do número de óbitos – em especial do número de casos graves e de óbitos”, destaca a coordenadora da Vigilância em Saúde de Barueri, Rosana Perri Andrade Ambrogini.

O secretário de Saúde de Barueri, Dionisio Alvarez Mateos Filho, também aponta a vacina como principal responsável por essa conquista. “Essa diminuição de mortes, graças a Deus, atribuímos principalmente à vacinação. A gente sabe porque você está colocando no corpo uma medicação que aumenta a sua resistência, dificultando a entrada do vírus. É lógico que o uso de máscara, o distanciamento físico, o uso de álcool são fatores que também ajudam, mas principalmente a vacinação”, frisa o médico.

Não é hora de relaxar
Embora esses números tragam um grande alívio para a cidade, a pandemia ainda não acabou e o objetivo é voltar a uma realidade em que o novo coronavírus não faça mais nenhuma vítima. Por isso é muito importante manter as precauções contra a contaminação, conforme orientam os especialistas.

“Mas ainda é cedo pra gente achar que a pandemia foi embora. Nós temos que manter os cuidados, porque já tivemos exemplos de países que registraram grande queda nos casos e depois voltaram a subir, como nos Estados Unidos e no Japão, por exemplo. Aqui no Brasil, há 20 dias, no Rio de Janeiro as UTIs ainda registravam 80% de lotação, enquanto aqui a gente estava com 10, 12%. A gente fica com medo que isso também reflita aqui, então todo cuidado é pouco”, alerta o secretário Dionisio.

Rosana, da Vigilância, concorda. “A gente ainda tem que continuar com os cuidados todos e seguindo os protocolos, porque apesar dos avanços da campanha, já com reflexos importantes na evolução da pandemia, que reflete o número de casos, óbitos e internações, tem bastante gente que está ainda com o esquema vacinal incompleto, sem contar que nenhum imunobiológico é 100% eficaz. É fundamental não baixar a guarda, continuar usando a máscara, álcool em gel quando não for possível lavar as mãos com água e sabão e evitar a aglomeração. Isso tudo continua sendo muito importante, é a somatória disso que nos levou a ter a realidade deste momento”, lembra a especialista.

Tomar a vacina é muito importante, mas não adianta se não completar o esquema vacinal, ou seja, tomar as duas doses preconizadas (no caso da CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer). Só com as duas doses a pessoa atinge o máximo de proteção que os imunizantes oferecem.

“Há pessoas que têm medo da vacina. O que a gente pede encarecidamente é que prestem atenção nos estudos. Já foi provado que não há perigo em tomar nenhuma das vacinas aprovadas. Deixar de se resguardar de um vírus desse não compensa. Esquece o medo, as reações são mínimas”, apela Dionisio.

Leitos na cidade
Não é só o número de mortes que vêm diminuindo. O reflexo também têm sido positivo quando se olha a ocupação de leitos reservados para pacientes com Covid-19 na cidade.

Até o dia 30 de setembro havia cinco leitos de UTI ocupados (10,64% do total disponível). Na enfermaria a ocupação era de sete leitos (6,31%).

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